

Antiga Torre de Punhete
- Constância
- 39.47374, -8.33842
A zona ribeirinha da vila de Constância é um espaço aprazível, para passeios em família, convívios ou simplesmente para descontrair a mente e o corpo. Denominado de POMTEZE - significa Plano de Ordenamento da Margens do Tejo e Zêzere, foi distinguido no outono de 1995 com o Prémio Nacional do Ambiente.
Todo este conjunto é composto por diversos equipamentos como zonas de lazer, parque infantil, parque de merendas, parque de campismo, anfiteatro dos rios, miradouro, pérgula, praia fluvial, e restaurantes.
Mais recentemente beneficiou de obras com a construção de rampa em estrutura metálica, assegurando por um lado a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, e por outro lado garantir adequadas condições de qualidade, conforto e segurança aos utentes daqueles espaços e de enquadramento paisagístico com toda a envolvente onde o mesmo se insere na sua ligação entre o rio e o espaço urbano da vila de Constância.
Daqui observa-se a foz do Zêzere – um rio que nasce no vale glaciar da Serra da Estrela, e percorre 214km até Constância. O Zêzere é o segundo maior rio português.
Já o rio Tejo, nasce em Espanha, e percorre 1 007km até Lisboa, onde desagua no oceano Atlântico.
Deleite-se nas margens do rio, usufruindo do espaço e revitalizando a mente e o corpo… e não se esqueça de degustar o doce tradicional de Constância – Queijinho do Céu, que poderá encontrar em qualquer um dos cafés da praça, ou saborear uma agradável refeição nos restaurantes da zona ribeirinha.
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Era aqui que estava a torre. Nos primeiros anos deste país de séculos, construiu-se aqui o castelo de Punhete, com a sua torre. Imagine-se o que foi carregar cada uma dessas pedras, trabalhá-las para formarem tal edificação. Gualdim Pais foi o primeiro a imaginar a torre, conseguiu vê-la antes de existir e, por isso, deu ordem para a sua construção. Cruzado, freire templário, cavaleiro de D. Afonso Henriques, fundador de cidades, Gualdim Pais morreu, mas a torre continuou. Sem nome, morreram todos os que carregaram as suas pedras, mas a torre continuou.
Passaram séculos, envelheceu o país e a torre, o castelo transformou-se em palácio, a vila inteira mudou de nome, Punhete passou a chamar-se Constância. Foi aqui que a torre continuou, erguida entre ruínas, todas as forças nesse esforço.
E chegámos ao momento em que estamos agora, também ele faz parte da história. Como Gualdim Pais, mas no outro lado do tempo, imaginemos a torre.
O espaço que ocupava continua aqui, fixemos esse espaço transparente e imaginemos a torre de pedra a ocupá-lo. No interior dessa torre imaginada, avancemos até ao topo, até ao posto onde podemos contemplar as águas do rio, dos rios. Repara, estás agora no topo de uma torre invisível, a flutuar sobre o tempo. Repara, a torre continua, está em ti.
A 50 metros poderá encontrar dois locais com textos de José Luís Peixoto – o Jardim-Horto de Camões, da Rota Natureza; ou ainda a Praça Alexandre Herculano, da Rota Cultura e Património.