

Açude de Santa Margarida da Coutada
- Constância
- 39.448392, -8.310284
Situado na sede da freguesia de Santa Margarida da Coutada e compreendendo uma área de 9200 metros quadrados, o Açude da Aldeia é uma pista de pesca desportiva e um lugar ímpar. Obra concluída em 2001, permite aos amantes da pesca desportiva não só o prazer da sua arte, mas também o desfrutar da natureza num local de fácil acesso e com condições ótimas para a modalidade.
Constituído por aproximadamente 60 pesqueiros, a sua gestão é da responsabilidade da Junta de Freguesia local e as espécies existentes vão desde bogas, carpas e achigãs a enguias, tencas, escalos e pimpões.
Mesmo ao lado a 1 km encontra-se o PASM – Parque Ambiental de Santa Margarida. Um espaço lúdico-pedagógico inaugurado em 2002 e com cerca de 6 hectares. Proporciona aos visitantes o contato direto com a natureza, podendo desfrutar de momentos de lazer e dispondo de informação e atividades relacionadas com o ambiente e a natureza. Qualquer visitante pode simplesmente usufruir do espaço individualmente ou em convívio com a família e amigos, ou então realizar atividades integradas em programas de educação ambiental ou em visitas esporádicas. O PASM está munido de um vasto leque de equipamentos e apresenta várias atividades temáticas.
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O açude é uma lembrança do rio. Cada um contribuiu para esta construção com uma parte da sua própria memória do rio. Assim se formou este açude, como se cada um tivesse trazido um pouco desta água nas mãos em concha.
Agora, possuímos um espelho disposto sobre a terra, um espelho a refletir o céu e, desse modo, a ser o céu aqui, ao nosso alcance. O relevo acolhe este reflexo de céu, é tão autêntico como o que achamos lá em cima quando levantamos o rosto, o céu que vemos e imaginamos, o céu que nunca poderemos tocar. Aqui, aproximamo-nos com cuidado das águas e mergulhamos as pontas dos dedos.
As linhas de pesca entram no espelho. Lá dentro, os anzóis são depenicados por presenças que os pescadores adivinham. Na cabeça, iniciam uma dança invisível, puxam a linha e param, assim provocam, sentem um toque no isco, puxam outra vez e param. O açude recebe as estações no seu corpo de água. Nos meses certos, condensa o inverno. Logo depois, começa a exalar primavera. Em todas as estações, o açude apresenta formas específicas de brilho, subtis gradações do esplendor.
Essa é a luz de Margarida, santa menina, a apascentar inocentes ovelhas nesta paisagem, nesta coutada verde, pasto viçoso. Margarida que deixou o nome nesta terra e se transformou em açude, água, espelho.